4 de jun. de 2009

PASSAGENS DO AMOR.


Eu nem sei da onde saem essas lágrimas. Nao falava com ele há quase um mes. Me deu um estalo e tive que dizer algumas coisas pra ele...
"Fazer Amor é estranho. É comovente mesmo sendo cômico. Quando a situação é mais excitante que o ato. Quando tudo envolve e tudo se concentra em você e na pessoa que está ali. Quando você percebe que não está ali por estar e sim por necessidade! Quando você sente que está chegando ao clímax, quando suas mãos estão suando agarradas às dele e você morde os próprios lábios sem se preocupar em se machucar!Aquela mordida... É quando você ao invés de virar para o lado de exaustão após o momento máximo, abraça quem está ao seu lado e respira fundo.
E foi a primeira vez que eu fiz amor. Eu amava, eu sabia que tinha amor ali. Era um sentimento esquisito que chegava a ter cheiro de tão palpável, dava pra sentir ele no ar, na terra, no céu, nas roupas, na memória. Mas que era assutadoramente volátil e me assustou. E me encantou. E me assustou. E me encantou de novo, e me assusta e me encanta até hoje. Porque nao sei como começou, nao sei como acabou. É encantador. Mas me assuta cada vez mais. "

E eu disse, sem ter que dizer. E aí entao ele veio. E falou de como era, que era amor, que era respeito e carinho. Pára. Eu nao quero ouvir. Pára. Voce sabe que eu choro, você sabe. Voce me conhece.
Quando você está longe, você tá longe.
E quando eu falo com você, você ta perto de mais. Uma distancia nada segura.
Sempre estive muito resolvida em relação a tudo. Mas nao sei se é assim com todo mundo que já amou um dia.
É uma porcaria de sentimento que fica escondido, e basta trocar uma palavra pra voltar tudo em forma de lágrimas e aperto no peito. Um puta aperto que parece que vai dilacerar, pular tudo pra fora. Sair tudo saltitando pelo meu quarto, se jogando nas paredes, formando toda uma decoração nova. A decoração pós-namoro.
Mas não. Costuro meu peito, mando você parar. E paro também. Desabafo, e deixo tudo voltar como antes, às 3 semanas atras, onde vc quase não existia, era praticamente "inelembrado"...só em nuances, em fatos corriqueiros, de amigas que dizem dos namorados.. " Ah, mas com ele, era assim..." " Mas aquele dia, ele fez assim..."
E é a memória que fica, guardada, no fundo, bem no fundo. E teima em vir pra superficie de novo...pulando, saltitando, pedindo pra ser notada...implorando por atenção.
Mas não. Já passou a sua vez. Infelizmente, vou ter que enterrar você de novo. Mas enterro as partes ruins, e deixo que, sutilmente, essas lembraças e furacões apareçam de vez enquando, durante as poucas vezes que nos falamos, pra me fazer chorar e lembrar que ainda sou humana, que ainda sinto, apesar de ter me machucado muito. Que sinto. Que sou capaz de sentir, e de sentir de novo. E de chorar de novo. E assim segue.. meus 20 anos compreendem apenas um relacionamento serio, intenso, duradouro. Foram dois anos. Quem sabe o que vem pela frente ?
Por enquanto, espero que apenas eu mesma.

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